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Estação de Moscavide

Podia dizer muito sobre as estações de caminhos de ferro ao longo da linha de Sintra, Azambuja e Cascais. A verdade é que estes espaços poderiam ser espaços de trocas, e não o são. São meramente locais em que se espera ansiosamente por um transporte que nos leve rapidamente a qualquer lugar. Mais, ter que ficar mais do que o tempo esperado nestes locais pode tornar-se desconfortável, pois não foram pensados como Lugares. Este é um de os muitos exemplos existentes.
 Quando é que estes locais foram esquecidos? Recordo-me em pequena existirem um grupo de pessoas que todos os dias apanhavam o mesmo comboio, nunca trabalharam juntas, provavelmente não partilham os mesmos interesses, e creio até que poucas saberiam o nome umas das outras, mas durante aquela viagem de 20 min. eram trocadas experiências de vida, ensinamentos, e alguns desabafos. É isto evoluir? Criar um mundo cada vez mais individualizado? O que aprendemos senão quando partilhamos saberes com outras pessoas?

Comentários

  1. Acredito que hoje em dia, ainda haverá um grupo dessas pessoas a apanharem o mesmo transporte para um lugar qualquer, mas que se refugiam nos seus ipod's e que evitam qualquer contacto com o que as rodeia, tanto com as pessoas, como com o local, que se vai degradando a olhos vistos. A tecnologia ajuda-os a individualizarem-se e a isolarem-se de modo a passarem todos os dias pelo mesmo local e pelas mesmas pessoas, sem deixar qualquer "marca" pessoal.
    Na minha opinião, a arquitectura sempre aliada à psicologia e sociologia humanas...

    (Desculpa a intrusão =])

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  2. Obrigada pelo teu comentário Sofia :D, é sempre uma mais valia compreender o que descaracteriza estes espaços.

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