Lugares e os Não Lugares

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Este artigo foi escrito pelo Prof. Paulo Brito Silva, e fala da problemática do lugar, o que lhe dá essa identidade e a utilidade. Poderia transcrever para aqui todo o artigo, mas achei que seria melhor colocar apenas alguns parágrafos que entendo serem os que levam a questionar o que é realmente um lugar. (O artigo completo está na revista arquitectura 2 da FAA/UL) "O lugar é uma experiência, em que uma pessoa se relaciona com as coisas à sua volta, com todas as potencialidades que lhe são facultadas como totalidade, corpo e espírito, com a razão, a memória e os sentidos." "(...)Apenas o lugar faz sentido. O lugar é o único modo como os humanos habitam na terra, pelo que é no lugar que se preserva a humanidade do humano. O lugar é uma experiência humana que ocorre dentro de cada um de nós, com a razão, a memória e os sentidos, interpretando as relações espacio-temporais entre as coisas que nos rodeiam." "Um lugar não é então uma qualidade própria ...

Hoje eu e o Tomás (o meu pequeno companheiro de viagens, que olha para tudo como se fosse a primeira vez e que me surpreende com o mais pequeno gesto), vamos mais uma vez passear por essa bela Lisboa, já munidos de maquina fotográfica, prometemos deixar alguns registos destes Não lugares.

e Bom dia, Ontem lancei o desafio "fotografias de Não Lugares", o prof. Paulo Brito Silva prontamente respondeu a este desafio, com uma entrevista a Marc Augé e a um artigo por si publicado na revista da FAA/UL. A entrevista completa está no link, um pouco misturada com outros artigos. Paginas 28 e 29 do pdf, e prometo que vou tentar encontrar a entrevista com boas condições de leitura. Agradeço ao professor Paulo Brito Silva por sempre apoiar as iniciativas dos alunos, e destes pequenos desafios que enriquecem tanto alunos como professores.

MARC AUGÉ “HÁ UMA TAL ACELERAÇÃO DA MODERNIDADE QUE JÁ NÃO SABEMOS EM QUE HISTÓRIA ESTAMOS” Um etnólogo na grande metrópole, colocando-se na situação de se interrogar a si próprio como indígena, é a imagem que melhor descreve a reflexão antropológica de Marc Augé, que escreveu um livro sobre o metro, ao mesmo tempo que fazia trabalho de investigação em África. A condição “sobremoderna” da sociedade contemporânea encontra neste estudioso modos de descrição e de análise que desafiam várias disciplinas Oantropólogo francês Marc Augé (nascido em Poitiers, em 1935) tornou-se conhecido muito para lá das fronteiras da sua disciplina graças a um livro de 1992 onde forjava um conceito que continua a ter uma enorme fortuna: o conceito de não-lugar. Atualmente diretor de estudos da École des Hautes Études en Sciences Sociales (que dirigiu entre 1985 e 1995), o seu projeto é o de uma “antropologia dos mundos contemporâneos”, que interroga as questões da imagem, dos media, da circulaçã...

Podia dizer muito sobre as estações de caminhos de ferro ao longo da linha de Sintra, Azambuja e Cascais. A verdade é que estes espaços poderiam ser espaços de trocas, e não o são. São meramente locais em que se espera ansiosamente por um transporte que nos leve rapidamente a qualquer lugar. Mais, ter que ficar mais do que o tempo esperado nestes locais pode tornar-se desconfortável, pois não foram pensados como Lugares. Este é um de os muitos exemplos existentes.  Quando é que estes locais foram esquecidos? Recordo-me em pequena existirem um grupo de pessoas que todos os dias apanhavam o mesmo comboio, nunca trabalharam juntas, provavelmente não partilham os mesmos interesses, e creio até que poucas saberiam o nome umas das outras, mas durante aquela viagem de 20 min. eram trocadas experiências de vida, ensinamentos, e alguns desabafos. É isto evoluir? Criar um mundo cada vez mais individualizado? O que aprendemos senão quando partilhamos saberes com outras pessoas?

Este deveria ter sido o primeiro post do blog, mas ainda não consegui encontrar este livro em pdf. Se alguém souber pode colocar aqui o link.

Apesar de estarmos em tempo de crise, existem alguns livros indispensáveis, o Neufert - A arte de projectar em Arquitectura, é um deles (mais uma vez, fica aqui o link para a versão em pdf).

Boa noite, Hoje iniciei este Blog, e queria que o meu primeiro post tivesse alguma utilidade para aqueles que tal como eu se interessam por arquitectura e pelo conhecimento. Fica aqui o link de um livro recomendado por um dos melhores professores que tive até hoje, Prof. Álvaro Cidrais, que sobretudo nos ensina a pensar. Espero que seja útil.